Como viver e conviver em uma cidade onde somos capazes de acessar no mesmo território: traços do passado, desafios do presente e reflexões sobre o futuro? Como percorrer bairros que convivem com estruturas centenárias, ao mesmo tempo em que se desenvolve e se organiza de acordo com as demandas do tempo de agora? Como reconhecer e demarcar os pontos de encontro destes tempos e transformá-los em impulsionadores de potencialidades, buscando aprender com o passado para que, a partir do presente, possamos construir perspectivas positivas de futuro?
Estas são algumas das questões que atravessam o programa de extensão e pesquisa Amálgama Territorial da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), cujo propósito é desenvolver, em conjunto com a comunidade ouropretana, diagnósticos aprofundados sobre o território da Serra de Ouro Preto. Trata-se de reconhecer estruturas edificadas e cicatrizes deixadas pelas ações e técnicas que foram utilizadas, tanto para exploração mineral, como também para formação urbana da antiga Vila Rica de Ouro Preto.
O Ponto de partida é realizar um mapeamento multidisciplinar com emprego de metodologias dos campos da arqueologia, arquitetura, das engenharias de minas, civil e geológica, bem como ações metodológicas da museologia comunitária que serão aplicadas, inicialmente, à área de entorno do Complexo Arqueológico Morro da Queimada. Esta ação, que denominamos: Garimpo de Ideias, será a primeira oportunidade coletiva, de troca direta de informações e conhecimentos, cuja finalidade é a construção de uma rede de atuação colaborativa que conecta moradores, agentes comunitários, pesquisadores e interessados em geral em prol de um propósito comum: ampliar a compreensão sobre o que viver e conviver numa cidade patrimônio, na conciliação de passado e presente.